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O PESO DOS IMPOSTOS

por Rodrigo Constantino em 29 de março de 2005 - www.midiasemmascara.org

Resumo: A verdadeira luta de classes existente é entre os pagadores de impostos, ou seja, os empresários e trabalhadores, e os que confiscam quase metade desse dinheiro, ou seja, os burocratas do governo.

"Tributar pesadamente, tirando do mais capaz e do mais motivado para dar ao menos capaz ou menos disposto, em geral redunda em punir aqueles, sem corrigir estes." - Roberto Campos

Não são poucos os que ainda acham que o empresário capitalista é o inimigo do trabalhador. Esses leigos em economia acabam depositando confiança e poder nos burocratas do Estado ou líderes sindicais, acreditando assim que estes irão proteger os interesses dos trabalhadores. O resultado é catastrófico.

Empresários querem lucro, e para isso, precisam de funcionários produtivos, dedicados. A competição irá estimular um bom tratamento aos empregados, e um salário de acordo com a produtividade marginal destes. Entretanto, muito do que poderia ir direto aos bolsos desses trabalhadores percorre outro caminho. As pressões dos sindicatos acabam encarecendo a contratação, e como não existe almoço grátis, toda regalia obtida representa uma redução do retorno dos empregados, que acaba sendo descontada do pagamento total deles. Fora isso, o maior ralo desses recursos que deveriam ir para os trabalhadores é o próprio Estado, que cobrando impostos absurdos em prol do seu assistencialismo e "justiça social", retira boa parte da remuneração deles. Vamos analisar um exemplo prático disso, podendo extrapolar a conclusão para os demais casos.

A Gerdau é uma das maiores empresas de aço do país, tendo produzido 13,4 milhões de toneladas de placas, blocos e tarugos em 2004. A empresa é uma das únicas multinacionais brasileiras, tendo vendido quase metade do volume nas empresas localizadas no exterior. Sua receita líquida foi de quase R$20 bilhões, e a empresa emprega 24 mil colaboradores. A Gerdau gerou um valor adicionado líquido de quase R$10 bilhões em 2004. No Brasil, por ser mais rentável, esse valor adicionado foi de R$6,8 bilhões, enquanto no exterior foi de R$3 bilhões. Porém, analisando a distribuição desse valor, vemos que os colaboradores levaram R$1 bilhão no Brasil, enquanto no exterior ficaram com R$1,2 bilhão, para um valor adicionado bem menor. Será que o mesmo patrão é mais bondoso quando atravessa a fronteira? Será que os sindicatos é que permitem isso?

Claro que não! Pelo contrário, o excesso de "direitos conquistados" pelos sindicatos atrapalham essa remuneração, pois pesam como custo e prejudicam a competitividade da empresa, que precisa compensar na remuneração final deles. E quem é o maior culpado então, o verdadeiro inimigo dos trabalhadores? Analisando os números, fica evidente que é o governo. Dos quase R$7 bilhões de valor adicionado líquido gerado no Brasil, R$3,5 bilhões, ou a metade, foram para o governo, enquanto no exterior foram R$550 milhões apenas, cerca de 18% do total. E então? Empresários são inimigos? Ou será que são os burocratas de Brasília?

Na média, cerca de 40% do valor adicionado das empresas brasileiras vai para o governo, enquanto os sócios, que capitalizaram o negócio, tornando-o viável, ficam com uma fatia bem menor. No caso da Gerdau no Brasil, 51% do valor foi para o governo, 15% para os empregados, 3% para os credores, 13% para os acionistas e 18% reinvestido no negócio. Enquanto credores, acionistas e trabalhadores assumem riscos, esforçam-se, criam valor, e possibilitam a sobrevivência da empresa, tem uma classe que nada faz e apenas cobra a fatura, sob a mira da coerção armada. São os sócios majoritários verdadeiros, de facto. Levam metade do valor gerado pelo negócio, sem terem contribuído em nada com ele. Pelo contrário,  atrapalham muito normalmente, com tantas amarras e parafernálias burocráticas.

A verdadeira luta de classes existente é entre os pagadores de impostos, ou seja, os empresários e trabalhadores, e os parasitas sanguessugas que confiscam quase metade desse dinheiro, ou seja, os burocratas do governo.


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